O Google Glass ainda não está disponível para o público, mas já tem causado polêmica. A companhia de buscas anunciou que não aprovará aplicativos de reconhecimento facial para o novo gadget, por enquanto. O assunto veio à tona após o Congresso dos Estados Unidos se mostrar preocupado quanto às violações de privacidade que possam ser causados pelo dispositivo.
Em uma carta endereçada ao CEO do Google, Larry Page, congressistas afirmaram estar “curiosos se esta nova tecnologia pode infringir a privacidade do americano comum”. O diretor de gerenciamento do Glass, Steve Lee, respondeu que a empresa está ciente do problema e que "não adicionará reconhecimento facial em seus produtos sem que antes existam proteções de privacidade consistentes”.
A decisão do Google, porém, pode afetar alguns aplicativos que estão sendo criados para o Glass. A Lambda Labs, por exemplo, desenvolveu um API de reconhecimento facial que seria disponibilizado aos desenvolvedores neste mês. Esses apps serviriam, por exemplo, para reconhecer amigos em uma multidão, lembrar pessoas automaticamente e contatos inteligentes. O sistema não agiria em tempo real: seria preciso tirar uma foto e carregá-la no servidor para, enfim, receber a notificação.
A preocupação do Congresso é justificável: há o risco de o equipamento ser contaminado por algum vírus ou malware que tenha um sistema de reconhecimento facial embutido. O Google, pelo menos, aparenta estar ciente do impacto do Glass. “Nós estamos pensando com muito cuidado como vamos desenhar o Glass, já que uma nova tecnologia sempre trás novos problemas”, afirmou um porta-voz da empresa, Chris Dale.
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